quarta-feira, 6 de maio de 2009

segunda-feira, 27 de abril de 2009

quarta-feira, 8 de abril de 2009

terça-feira, 7 de abril de 2009

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Vintage War Propaganda Posters




antigos pôsters de guerra.

segunda-feira, 30 de março de 2009

quarta-feira, 25 de março de 2009

sexta-feira, 20 de março de 2009

sexta-feira, 13 de março de 2009

quinta-feira, 12 de março de 2009

quarta-feira, 11 de março de 2009

Daniela Uhlig - artista alemã









Leve três, não pague por nenhum

Por Gustavo Cardial
Conheça a "economia do grátis", a nova forma de atrair internautas
"Compre um televisor e ganhe um DVD player!" Quantos já não ouviram algo assim, e ainda se sentiram tentados? Um produto é oferecido gratuitamente, com o objetivo de seduzir as pessoas a pagar por um segundo produto - para quem fala 'economês', subsídio cruzado. Para nós, uma oferta tentadora. É uma das principais formas de utilizar o grátis para fazer negócio - ou, neste caso, a idéia de grátis. Pois, é claro, o cliente obrigatoriamente deve desembolsar algum dinheiro.
Com o amadurecimento da internet, no entanto, uma forma muito mais arrojada de utilizar a idéia de gratuidade surgiu e é justamente o tema do novo livro de Chris Anderson, editor da revista Wired e autor do best-seller "A Cauda Longa". Com lançamento previsto para 2009, "Free" (Grátis) abordará a evolução dos modelos de negócio que utilizam o conceito do 'não pago'- desde o famoso "leve três, pague dois", até empresas que ficaram ricas com a internet, praticamente sem cobrar por seus principais produtos.
Um dos modelos que Anderson abordará é o subsídio cruzado. A banda Calypso tem um caso criativo: distribui seus CDs e DVDs aos camelôs para que eles próprios façam cópias e as vendam, tal como na pirataria - já são milhões de cópias vendidas, mas o lucro vai integralmente para os vendedores ambulantes. Por quê? É simples, o core business da banda não é vender CDs. Tais vendas (a preços baixíssimos) equivalem, na verdade, à publicidade - e shows lotados. Além disso, aquele celular de última geração que sua operadora lhe vendeu a um preço meramente simbólico não foi exatamente "quase de graça" - ao comprá-lo, você aderiu a um contrato de assinatura por dois anos, que por sua vez subsidiará o custo do celular. Relaxe, eu também já caí numa dessas.
De todos os modelos de gratuidade, o mais importante ao qual o livro se refere é o "freemium". Junção dos termos free e premium, o termo foi cunhado em 2006 por Fred Wilson, investidor e blogger norte-americano. Trata-se de oferecer uma versão básica de seu produto de forma gratuita (free), cobrando pela versão melhorada (premium). Apesar de poucos ouvirem falar em Freemium, o modelo não é novo. Acontece, por exemplo, quando você ganha uma amostra grátis de um produto. A grande novidade, discutida na obra de Anderson, é a introdução do elemento digital ao modelo.
Mudança de estratégia
Quando uma empresa quer distribuir amostras grátis, estas versões de seus produtos possuem um custo - portanto, a quantidade produzida e distribuída geralmente é reduzida. A empresa serve alguns brindes e vende a maior parte. Entretanto, no mundo digital, e principalmente na internet, é possível mudar radicalmente o modo de pensar e, portanto, a estratégia. O segredo reside no fato de que, na web, o custo marginal de produção e distribuição de conteúdo é praticamente zero. Você pode servir seu produto para uma ou milhares de pessoas, sem que o valor despendido para tal aumente proporcionalmente - os custos de armazenamento e de banda larga, cada vez mais, tendem a zero - é por isso que os mais populares sistemas de e-mail hoje em dia possuem capacidade de armazenamento muito superior ao que realmente necessitamos no dia-a-dia, como o Gmail. Da mesma forma, por exemplo, o preço das conexões de alta velocidade está sempre caindo.
Graças a essa característica da web, tornou-se possível mudar a proporção com que o modelo "freemium" era praticado. Em vez de oferecer 1% dos seus produtos de forma gratuita (os brindes), a fim de vender 99%, você pode oferecer 99% gratuitamente para converter, então, 1%. À primeira vista pode parecer estranho, pois é uma mudança radical no nosso modo de pensar, acostumado com os limites e custos de produção do mundo físico. Mas funciona. O Skype tornou-se popular por sua versão gratuita, onde é possível conversar de computador com computador. Free. Quem quiser discar para aparelhos fixos ou celulares deve pagar por uma versão mais elaborada do produto: a premium. Supondo que eles convertam 2% em usuários pagos, são 2% de um número extremamente grande de usuários que utilizam a versão gratuita - é muito dinheiro! Isso não ocorreria se a funcionalidade mais utilizada do produto (falar de computador com computador) fosse paga - neste caso, eles teriam uma receita muito menor, pois atingiriam muito menos gente. Quanto mais você tiver a oferecer gratuitamente, mais pessoas você atingirá. Então, será muito mais fácil fazer algumas dessas pessoas pagarem por algum serviço a mais. A atual estratégia é inteligente, pois uma pequena fração (2%) de milhares de pessoas (que usam a versão grátis) é um ótimo lucro. Seguindo a linha do Skype, inúmeros outros negócios, como Google, jogos online e empresas de software como serviço, oferecem seus principais produtos, de uma forma ou outra, sem cobrar nada.
O grátis não é um negócio, é marketing. E um marketing de efeito psicológico poderoso! É por meio dele que você atingirá uma audiência grande, e converterá uma parcela desta audiência para usufruir de uma versão mais elaborada do seu produto, suporte, ou simplesmente ter a possibilidade de continuar a utilizá-lo por um período indeterminado. Mas não só os mocinhos descobriram como aproveitá-lo: um estudo recente demonstrou que a taxa de conversão dos famigerados spams é de 0,00001%. Ou seja, a cada 10 milhões de pessoas que recebem um spam do tipo 'viagra', uma efetua uma compra. E ainda assim, a receita estimada dos spammers, anualmente, é de US$ 3, 5 milhões! Como isso é possível? Graças à economia de escala... Distribuir conteúdo na web é barato, e isso inclui enviar e-mails. Com toneladas de mensagens sendo enviadas todos os dias, é esperado que seja possível fazer uma fortuna - mesmo com uma taxa de conversão tão baixa.
Cada vez mais fica evidente que as novas moedas são, na verdade, reputação e atenção. O grátis serve para adquirir esses bens. Quando você oferece algo sem cobrar nada, na verdade, você está sendo pago, porém com a atenção do usuário. Conseqüentemente, está ganhando reputação. Isso gera boca-a-boca. E convenhamos - quem já está ouvindo-o e confia em você tem muito mais chances de colocar a mão no bolso! Por fim, não basta mais estar na web - você tem de servir um almoço grátis.
Fonte: Revista Negócios da comunicação

sexta-feira, 6 de março de 2009

Alta qualidade, custo baixo

Por Guilherme Pichonelli

Além de oferecer eficiência, os resultados podem ser facilmente mensurados
O e-mail marketing não é novidade no mercado da comunicação, mas seu desempenho positivo ainda surpreende. Segundo pesquisas do The McKinsey Quarterly, jornal online de negócios, em 2007 o e-mail marketing já era a ferramenta mais utilizada em campanhas publicitárias no mundo todo. À época, sua adesão era de 83%. Em novembro de 2008, no Brasil, o estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) e a Câmara Americana de Comércio (Amcham) afirmou que o e-mail marketing será mais procurado do que a mídia impressa em 2009, com 39% contra 24%, respectivamente. A mesma pesquisa, feita com 211 associados à Amcham, aponta que as empresas devem investir 13% a mais em marketing, crescimento muito semelhante aos de 2007 e 2008.
Fernando Cirne, diretor comercial de assinaturas da Editora Abril e coordenador do grupo de e-mail marketing da Associação Brasileira de Marketing Direto (Abemd), conta que não há um consenso sobre quando a ferramenta surgiu, mas divide em duas frentes as razões de seu sucesso: na primeira estão a agilidade na troca de informações entre as pessoas e a economia trazida para as empresas, independentemente do porte. Na segunda frente está o alto nível de acerto. "Há diversidade criativa, interatividade e, principalmente, alta mensurabilidade", acrescenta.
Marcos Fiore, diretor da Agência Akna, aponta que as ferramentas profissionais devem oferecer indicadores que vão desde a quantidade de mensagens entregues efetivamente até todo o percurso que o internauta fez pelas páginas do site, quando a mensagem enviada incluir links para o site do remetente. Há várias formas de medir a abrangência da mensagem. "É possível saber quantas mensagens foram abertas e quem as abriu, quem clicou em cada link da mensagem, quantos erros ocorreram e quais seus motivos (como caixa de entrada cheia, endereço inexistente)", exemplifica.
Outras informações são essenciais e completam a administração do e-mail marketing. O diretor de marketing da WBI Brasil, Paulo Kendzerski, destaca o período do dia com maior taxa de cliques e os links mais acessados do e-mail. "Com esses dados, consegue-se identificar que ação proposta gerou melhores resultados", avalia. Kendzerski lembra, ainda, que uma campanha eficiente não é somente aquela que gera vendas: "Existem ações que trabalham a marca da empresa junto ao usuário, aquisição de novos cadastros, número de indicações e muito mais".
Gerente de marketing do PontoFrio.com, Patrick Scripilliti afirma que a empresa tem o controle interno de vendas (quantas foram realizadas a partir daquela ação promocional) e compras (quantas vezes o cliente que comprou pelo último e-mail já adquiriu produtos no site). "Com isso, otimizamos nossas campanhas com foco 100% na experiência do cliente", conclui.
Marketing ou spam?
Muitas vezes, o e-mail marketing é confundido com spam, uma mensagem não solicitada pelo internauta e que é enviada para milhares de usuários. Fernando Cirne diz que não há processos legais que envolvam o envio de e-mail. "O que existem são guias de melhores práticas, como o elaborado pela Associação Brasileira de Marketing Direto (Abemd). É esperado que todas as empresas que praticam e-mail marketing sigam esses guias, o que infelizmente não acontece", afirma. (Acesse www.revistacomunicacao.com.br e conheça o conteúdo do guia, que tem o objetivo de auxiliar as empresas a aproveitarem essa ferramenta de maneira ética, pertinente e responsável.)
Fabio Nunes, diretor de serviços da Zartana, agência especializada em soluções de marketing direto, aponta algumas maneiras de diferenciar um e-mail que segue as normas éticas de um spam. "O primeiro critério é ter um mailing de pessoas que autorizam o recebimento de mensagens por e-mail, por isso comprar ou alugar uma lista não é boa alternativa. Além disso, alguns descuidos na elaboração da peça, como a quantidade de imagens, redação dos textos e algumas palavras-chave podem fazer com que a mensagem caia na caixa de spam dos clientes. Algumas ferramentas oferecem um spam check antes de fazer o envio do e-mail, indicando a chance de ser classificado como tal", orienta.
Gerente de comunicação e eventos da Agência Estado, Regina Fogo afirma que é fundamental oferecer ao cliente a opção de não receber mais mensagens da empresa e, acima de tudo, não lotar a caixa postal com inúmeros e-mails. "Primeiramente, adequamos o tema ao perfil do público, depois selecionamos o mailing e montamos a mensagem de forma a não se configurar como spam. As agências de envio de e-mail mar­keting possuem estudos que protegem a empresa cliente de virar um spammer (que distribui mensagens impróprias e não autorizadas). A Agência tem essa preocupação e sempre "areja" o mailing, dando um descanso aos clientes, para não entrar na lista negra deles. Não podemos estressar nossos usuários", afirma.
Os servidores de e-mail - Gmail, Hotmail, Yahoo, MSN e outros - não conseguem identificar que o usuário se cadastrou em determinado site. Por isso, as mensagens, mesmo quando autorizadas, podem ir diretamente para a lixeira. Marcos Fiore, da Akna, afirma que, como os sistemas anti-spam são automáticos e tentam filtrar o máximo possível, é importante que, ao criar a mensagem, sejam evitados termos comumente utilizados em spam (por exemplo, "clique aqui" e "grátis"). "Isto não significa burlar o sistema, e sim evitar que uma mensagem desejada pelo internauta seja confundida com outras não autorizadas", salienta Fiore.
O futuro da ferramenta
Há muitas divergências de opiniões sobre o futuro do marketing direto feito pelo e-mail. Luiz Augusto Guimarães Barros, diretor de operações da Media Factory, acredita que a ferramenta será tratada com cada vez mais responsabilidade. "Usada da maneira correta, ela tem tudo para ser a principal forma de relacionamento com os clientes. O e-mail tende agora a ser tratado conjuntamente com outras formas de comunicação digital, como o SMS (mensagens de celular) e o Voice Marketing (disparar ligações telefônicas para um determinado público)", explica.
Cirne, da Abemd, avalia que, com o avanço da inclusão digital e o desenvolvimento e difusão dos equipamentos e comunicação móvel, o futuro do e-mail marketing é de crescimento e expansão. O representante da Zartana, Fabio Nunes, diz que o que está mudando efetivamente é o profissionalismo das pessoas envolvidas com as mensagens, que se utilizam de toda a inteligência e capacidade de mensuração de resultados que essa ferramenta propicia.
Fernanda Beatriz Misseroni, responsável pela área de Comunicação e Parcerias da Oesp Mídia e pela implantação do serviço de e-mail marketing na empresa, garante que a ferramenta não vai substituir as mídias convencionais e que estas nunca acabarão. "Na minha opinião, com a tendência da convergência tecnológica, surgirão mídias diferentes e o bolo publicitário vai sendo dividido entre elas. Cada mídia dará uma resposta e a combinação delas, resultados complementares", sinaliza. Para ela, é importante lembrar que o e-mail marketing não é apenas mais um meio de comunicação. Se bem utilizado, pode servir como um canal de distribuição e uma ferramenta de pesquisa.
Já Paulo Kendzerski, da WBI Brasil, lembra que, hoje, o e-mail é a forma mais rápida de comunicação digital existente e que seu futuro e sucesso não podem ser generalizados, pois não dependem de uma ferramenta, e sim de um planejamento de ações eficientes. "Sendo assim, o futuro depende de cada profissional que trabalhe com o e-mail marketing", resume. Por sua vez, João Batista Ciaco, diretor de publicidade e marketing de relacionamento da Fiat e presidente do Comitê de Melhores Práticas de Branding da Associação Brasileira de Anunciantes, acha que as mensagens de marketing estão perdendo o glamour por conta da proliferação do spam. É por isso que a Fiat tem muito cuidado ao utilizar a ferramenta. Utilizamos somente o banco de dados interno e segmentamos as mensagens com o que realmente diz respeito e interessa ao cliente. Percebemos que o público-alvo, formado por adolescentes, não utiliza tanto o e-mail, mas sim redes sociais (como Orkut, MySpace, FaceBook) e o MSN.
Na Akna, a opinião de Marcos Fiore é que o segmento tem muito a crescer no Brasil. Em outros países, o e-mail marketing é mais utilizado e, curiosamente, não existem grandes softwares de gestão para isso, como no Brasil. "Temos clientes em toda a América Latina, Estados Unidos, Portugal e Austrália. E, por ser uma das mais baratas formas de comunicação, ganha espaço a cada dia. As agências estão correndo atrás do tempo perdido, já que perdem clientes para as agências que atuam com publicidade e comunicação via internet. Temos o exemplo de São Paulo que, com a Cidade Limpa, acabou com os outdoors; diante disso, muitas empresas destinaram a verba para a Web e estão bastante satisfeitas", garante.

Fonte: Revista Negócios da Comunicação
Ano V – nº 31 – 2009
www.revistacomunicação.com.br

Brasileiros são os que publicam vídeos e fotos com mais frequência na web

Efeito da “cultura da televisão”? Brasil se destaca na rede com conteúdo multimídia

A agência Universal McCann, de Nova York, publicou uma interessante pesquisa que detectou diversas tendências nas atividades dos usuários de internet em vários países.
O estudo entrevistou o que eles chamam de “usuários ativos de internet”, pessoas entre 16 e 54 anos que acessam a rede todos os dias.
Nos 29 países pesquisados, das atividades relacionadas à “web mais participativa” a que mais cresce é assistir a vídeos online:
* 82% entram na rede para assistir a algum vídeo, seguido por ler um blog e atualizar um site de fotos. Atividades como deixar comentários em sites de notícias e atualizar o perfil em uma rede social apresentam crescimento menor, estão mais estabilizadas.
* O Brasil é o 4º país onde as pessoas mais lêem blogs. Dos entrevistados no Brasil, 87% já leram um. A Coréia do Sul lidera, 92% já consumiram conteúdo de blogs.
* No resultado global, as pessoas preferem ler blogs pessoais [estilo diários]; depois, blogs escritos por alguém da família [também estilo diário] seguido de blogs sobre notícias, mais informativos.
* O Brasil se destaca mesmo na área de conteúdo multimídia. Supera países como o Japão. É o país onde as pessoas compartilham vídeos e fotos com mais frequência - diariamente.
* Dos entrevistados, 36% fazem o upload de algum vídeo todo o dia. Idem para os que sobem fotos diariamente, 36%. É o terceiro país que mais consome conteúdo em vídeo na rede, perde para as Filipinas e o México.
Esse resultado é meio esperado. Com o crescimento da banda larga no país, lançamento de versões em português de sites para compartilhamento de fotos e vídeos, venda de celulares capazes de gravar vídeos e fotos com qualidade e o surgimento do 3G, é natural que as pessoas consumam, façam mais uploads e produzam mais esse tipo de conteúdo multimídia.
A pesquisa completa pode ser conferida aqui [em formato pdf]
Fonte: Tiago Doria Weblog

terça-feira, 3 de março de 2009

Ferramentas de impacto

Por Antonio Carlos Santomauro
Empresas de comunicação encontram na web novas possibilidades para manterem-se competitivas
As agências cada vez mais incorporam a internet e as demais mídias digitais às suas estratégias de negócios, seja para melhor atender os clientes e públicos aos quais destinam-se suas ações, seja para gerar novos negócios, ou mesmo para manter um mínimo de competitividade.
A internet já assumiu enormes dimensões; segundo diferentes estimativas, o número de internautas brasileiros já supera a marca dos 43 milhões. Além disso, hoje impera nesse ambiente uma modalidade peculiar de relacionamento entre consumidores e emissores de informações: na Web 2.0, quem antes apenas consumia mídia, pode agora manter, por sua própria conta, um veículo de comunicação extremamente relevante, por exemplo, um blog.
Os números da Web 2.0 crescem intensa e continuamente: de acordo com os dados do Forrester Research Institute, em todo o mundo são criados diariamente cerca de 120 mil novos blogs. E, segundo estudos desenvolvidos em meados do ano passado pelo Ibope/Net Ratings, mais de 20 milhões de internautas brasileiros já acessam blogs, fotologs, videologs, comunidades e outros espaços de relacionamento online.
"As agências de comunicação precisam envolver-se com o universo da web. Aquelas que atuam apenas com jornalista não sustentam mais seus clientes", enfatiza Patrícia Gil, diretora executiva da Unidade Máquina Web, do Grupo Máquina da Notícia. Quando destaca a impossibilidade de manutenção de um trabalho focado apenas nos jornalistas, Patrícia traz à tona uma das mais marcantes mudanças geradas pela expansão da mídia digital no modelo de atuação das agências de comunicação: elas agora devem lidar também com os consumidores de seus clientes, antes trabalhados apenas por intermédio de jornalistas.
Para desempenhar tal tarefa, elas monitoram os diálogos existentes em blogs, redes sociais e outros espaços da Web 2.0, buscando ali - ou publicando - informações de interesse de seus clientes. "Precisamos estar atentos e participar desse diálogo", justifica José Luiz Schiavoni, sócio-fundador da agência S2. Na sua opinião, a participação das agências de comunicação nesse universo digital exige a presença de profissionais capazes de entender a linguagem desses espaços e de dialogar com seu público. "Hoje, oferecemos a toda a nossa equipe workshops sobre as modalidades e conceitos da Web 2.0; por exemplo, como trafegar no Twitter ou no Orkut", especifica Schiavoni, referindo-se a algumas das redes sociais atualmente mais populares na web.
Schiavoni ressalta, ainda, que, paralelamente ao contato com esses novos públicos, é preciso manter o diálogo com os interlocutores mais tradicionais das agências de comunicação. "Por isso, acredito em equipes multidisciplinares, compostas por jornalistas, publicitários, relações públicas e especialistas em internet, entre outros perfis de profissionais", acrescenta.
Inteligência em alta
Na rede multinacional Burson-Marsteller, há atualmente um programa denominado Digital in Action, especificamente destinado a preparar melhor seus colaboradores para a atuação no mundo da comunicação e dos relacionamentos virtuais. Porém, cada profissional também deve hoje, por iniciativa própria, mergulhar mais decididamente nesse universo, recomenda Cely Carmo, gerente de estratégia de mídias digitais da operação brasileira da Burson-Marsteller. "Sei de agências que vedam o acesso de seus colaboradores a blogs e redes sociais e acho um absurdo. Atualmente, é impensável que o profissional de comunicação não conheça as mídias sociais", enfatiza Cely.
Essas mídias têm especificidades no tratamento dedicado aos seus públicos. "Blogueiros, por exemplo, colocam-se como emissores de informações totalmente independentes, e é necessário tratá-los de forma personalizada", diz Alexandre Moreno, diretor de redação da agência de comunicação Bansen, cujo rol de clientes inclui diversas operações digitais: portal Abril.com, Mercado Livre e agência online de viagens Decolar.com, entre outras.
A preocupação com a disseminação desse conhecimento já envolve até a Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom), onde foi criado um Grupo de Estudos de RP Digital, na primeira metade do ano passado. "Nosso objetivo é fomentar esse mercado, atuando, por exemplo, com capacitação, educação, divulgação do conceito e das oportunidades", detalha Cely, da Burson-Marsteller, integrante e uma das criadoras desse núcleo. "Atualmente, já não basta a uma agência criar uma área digital; ela precisa disseminar essa cultura em seu interior", complementa.
Investimentos com resultado
Além de profissionais com know-how, os meios digitais muitas vezes exigem das agências o investimento em uma diversificada gama de recursos tecnológicos, começando por uma rede capaz de suportar a intrincada teia de relacionamentos virtuais estabelecidas entre elas e os mais diversos públicos (inclusive seus clientes).
Na S2, essa estrutura de rede inclui três modalidades distintas de acesso à internet, servidores instalados na própria empresa e em alguns de seus clientes. "Não podemos deixar de nos relacionar com um cliente de classe internacional por algum problema de rede", justifica Schiavoni, da S2.
Há também a necessidade de ferramentas capazes de realizar funções específicas. Entre elas, destacam-se as destinadas a monitorar, no diálogo existente nas redes sociais, as informações de interesse dos clientes das agências. A Burson-Marsteller conta com um recurso desenvolvido internamente para o desempenho dessa tarefa, mas pode-se também trabalhar com fornecedores especializados na área.
Aliás, parte significativa das ferramentas necessárias à atuação na web não necessariamente precisa ser contabilizada como um patrimônio interno. "As agências devem ter profissionais com capacidade de desenvolver estratégias e perceber oportunidades; depois, podem-se buscar parceiros capazes de ajudar a implementá-las", diz Cely, da Burson.
Moreno, da Bansen, também considera a inteligência estratégica dos profissionais o ativo mais valioso das agências interessadas em vincular-se mais decididamente ao universo virtual. Segundo ele, há no mercado fornecedores dedicados às necessidades mais específicas, por exemplo, formatação de mailings e distribuição eletrônica de press releases. A oferta da especialização não elimina, entretanto, a necessidade de aprofundamento no conhecimento relativo às tecnologias de comunicação e relacionamento digitais. "A tecnologia é o meio, mas precisa ser utilizada com coerência e profissionalismo", pondera.
E, conjugando expertise com tecnologia, as agências conseguem oferecer um vasto leque de serviços a seus clientes. "Na web, fazemos divulgação pro-ativa, evitamos a penetração de assuntos negativos, repassamos conteúdos sem espaço na grande imprensa, buscamos mailings adequados", enumera Carina Almeida, sócia-diretora da Textual Serviços de Comunicação.
Existe ainda uma vantagem adicional: as informações geradas nos projetos virtuais não servem apenas aos propósitos de comunicação e assessoria de imprensa dos clientes: "Podem ser usadas também pelo marketing e pelo SAC - Serviço de Atendimento ao Consumidor", acrescenta Carina.
Possibilidades e negócios
Assim como geram mais benefícios a seus clientes, e exigem deles um constante investimento em qualificação e tecnologia, as possibilidades abertas pela expansão das redes de relacionamento e comunicação também abrem às agências uma imensa estrada de oportunidades de desenvolvimento de novos negócios. Algumas já aproveitam os equipamentos móveis de acesso aos dados digitais. Um ótimo exemplo dessa aplicação refere-se às intranets e, por meio delas, a disponibilização das empresas que trabalham com grande quantidade de consultores e revendedores, de informações atualizadas periodicamente, e passíveis de acesso por celulares, smartphones, e outros equipamentos móveis. "Já prestamos esse serviço para cinco clientes", conta Schiavoni, da S2. Entre outros projetos digitais desenvolvidos pela agência, ele destaca um evento interessante, desenvolvido para a Microsoft, de relacionamento com blogueiros.
Já a Burson-Marsteller recentemente criou, para a Intel, uma gincana virtual, na qual os jornalistas participaram por meio de avatares (personagens virtuais). "Agora, a Intel tem até um assessor de imprensa virtual, que, via avatar, fica de prontidão para responder a dúvidas e a pedidos de informações de jornalistas", conta a gerente de estratégia da Burson. Segundo ela, a agência também já organizou entrevistas coletivas virtuais.
A mesma proposta foi realizada pela Bansen, que desenvolveu um blog inserido na ferramenta de blogs da Abril Digital, para divulgar um pacote de viagem da Decolar.com.
Além disso, a agência mantém seu próprio blog, utilizado primordialmente para postagem de informações relativas a seus clientes, mas no qual são expostas, ainda, novidades geradas por profissionais que muitas vezes sequer fazem parte de seus quadros. Na opinião de Moreno, diretor de comunicação da Bansen, "a mídia digital é realmente fascinante, e está aí para ampliar as nossas possibilidades de comunicação".

Fonte: Revista Negócios da Comunicação
Ano V – nº 31 – 2009
www.revistacomunicação.com.br

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

O Valor da Marca

A consultoria Interbrands elabora anualmente uma lista com as marcas mais valiosas do mundo. Aqui vai o Top 10 de 2008:
(posição atualposição anteriorvalor em bilhões de dólarescrescimento desde o último ranking)
1 - 1 - Coca-Cola - 66,667 - 2%
2 - 3 - IBM - 59,031 - 3%
3 - 2 - Microsoft - 59,007 - 1%
4 - 4 - GE - 53,086 - 3%
5 - 5 - Nokia - 35,942 - 7%
6 - 6 - Toyota - 34,050 - 6%
7 - 7 - Intel - 31,261 - 1%
8 - 8 - McDonald's - 31,049 - 6%
9 - 9 - Disney - 29,251 - 0%
10 - 20 - Google - 25,590 - 43%

A Coca-Cola lidera pelo 8º ano seguido. A lista sugere o crescimento de marcas ligadas a tecnologia e internet. O maior exemplo é o Google, que em um ano subiu dez posições, e em três, cresceu 107%. Em 2006, valia US$ 12,4 bilhões.
Marcas que mais cresceram:
Google (+43%), Apple (+24%), Amazon.com (+19%) e Zara (+15%).
Marcas que mais se desvalorizaram:
Ford (-12%), Citi (-14%), Morgan Stanley (-16%), GAP (-20%) e Merrill Lynch (-21%).
Aqui tem o ranking completo.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Que nome dou a minha marca?

Batizar um novo produto no mercado global é tarefa cada vez mais complicada
Eduardo Ferraz
Está cada vez mais difícil batizar um novo produto. A tarefa de achar nomes que ainda não tenham sido utilizados virou uma enorme dor de cabeça para as empresas que atuam globalmente. Uma grande corporação precisa fazer o registro no seu país de origem e obter o direito nos outros mercados. Nos Estados Unidos foram quase 300 mil pedidos de registro no ano passado. No mundo todo, mais de 60 milhões de nomes já têm dono. A dificuldade é tamanha que alguns deles até se repetem em diferentes linhas de produtos. A sigla "Z1", por exemplo, é a marca de um modelo de carro da alemã BMW, de uma câmera de vídeo da japonesa Sony e de um notebook da coreana LG.
"Hoje em dia é muito mais difícil criar nomes fortes e originais que tenham impacto mundial", afirma, em entrevista por telefone, o francês Marcel Botton, presidente da Nomen, uma das mais inventivas empresas do setor, com sede em Paris e escritórios em mais de dez países. "Na minha equipe quase todos são poliglotas. Agora, por exemplo, estou sentado em frente a uma colega que fala cinco línguas, entre elas vietnamita", diz. "Gosto de trabalhar com pessoas multiculturais." Os nomes do carro Clio (uma musa da mitologia grega) ou do grupo de comunicação e entretenimento Vivendi (do latin modus vivendi, ou estilo de vida) saíram de seus escritórios, que reúnem lingüistas, físicos, astrônomos, historiadores e especialistas de outras áreas do conhecimento.
As corporações têm recorrido cada vez mais a firmas especializadas como a Nomen, afinal um bom nome facilita a consolidação da marca. "As pessoas memorizam, em geral, 2 mil marcas. Por isso é sempre importante criar um nome que vá ocupar espaço dentro dessa lista. Não adianta ser o número 2.001", afirma Botton. Para cada projeto, a sua equipe propõe cerca de mil nomes, dos quais 20 serão apresentados ao cliente. Quanto vale esse trabalho de dar nome às coisas, algo que Botton diz ser um privilégio quase divi no? A Nomen cobra de US$ 12 mil a US$ 600 mil. A californiana Lexicon Branding, responsável pelo batismo do processador Pentium, da Intel, e do BlackBerry, pede cerca de US$ 150 mil por empreitada.
Quem achar esses valores excessivos, pode recorrer a sites na internet que se propõem a criar nomes automaticamente, por meio de programas que misturam palavras. O Naque for Unique Names (http://unique-name.perceptus.ca/) é um deles. E é de graça. O usuário pode colocar cinco palavras que estejam relacionadas ao espírito da futura marca. Para testar o sistema, escrevemos três: inovar, brasil e global. Um clique e um milésimo de segundo depois, foram sugeridos 46 nomes, de duas e de três sílabas. Entre eles: globra, inasal e globovil. É... Talvez seja melhor investir um pouco de dinheiro.
Z1 – Sigla usada para designar o precursor do computador, máquina criada pelo alemão Konrad Zuse em 1938. Fora batizada de V1, mas depois da Segunda Guerra Mundial Zuse mudou seu nome, para não associá-la ao foguete de Werner von Braun

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

http://www.oragoo.net/

Site interessante, sobre curiosidades

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

O prazer do belo - Estética e Cultura das Mídias (2º semestre)


*O gosto pessoal de cada um, o prazer desse gosto e, o que o condiciona.
“Mas o que é, então, o Belo? Não é uma idéia ou um modelo. É uma qualidade presente em certos objetos – sempre singulares – que nos são dados à percepção.”
(Mikel Dufrenne)
Dentre as características mais importantes da arte, destacamos a emoção e o prazer que ela nos desperta (prazer do belo ou prazer estético).
O prazer que a arte desperta vem da forma das coisas, do som, do colorido, do ritmo, da maneira como nós percebemos essas coisas.
Todas essas impressões agradáveis, cheias de significados sugeridos pela forma, cor, textura e mesmo pelo conjunto com um todo, constituem o prazer do belo.
Chamam de prazer estético aquele que, resultando da sua composição e harmonia, é apreciado através da contemplação ou fruição.
Você tem a impressão de que, de todas as formas possíveis, o artista procurou descobrir a melhor, aquela que representa a intenção do compositor, as possibilidades do instrumento e a expressão de sua sensibilidade. Essa sensação que a música lhe traz é o prazer que caracteriza a fruição ou percepção artística.
Você percebe a sensibilidade do artista e se identifica com ela. Essa sensação é o que chamamos de prazer do belo e você pode ter certeza de que, quando um objeto, uma música, uma cena, despertarem esse tipo de emoção, esse objeto, essa música, essa cena são manifestações artísticas.
A sensação que temos então, é de que poderíamos ou deveríamos tê-la criado, diz Gaston Bachelard.
Peter Brook diz que a beleza de uma peça está na qualidade e na perfeição que o público é capaz de identificar num simples gesto ou numa palavra. Afirma que, para ser arte, uma interpretação deve ser capaz de estimular a imaginação do público que a ela se entrega. Ele está assim procurando mostrar que a beleza que caracteriza a obra de arte deve vir de dentro do observador, sob a forma de uma entrega ou de uma fruição emocionada.
O que faz a gente sentir emoção diante de uma música e não de outra, de uma imagem e não de outra, tem a ver com o que se viveu na infância, com o que se aprendeu em casa ou na escola. E também com o que se é, com nosso temperamento. Tudo isso nos faz sensíveis a determinadas linguagens e a certas soluções plásticas, visuais ou musicais. Isso explica por que nem todos acham as mesmas coisas belas, nem são sensíveis aos mesmos efeitos. A emoção artística depende, portanto, da sociedade em que se vive, da região, do tempo e das pessoas com quem convivemos.
Aos poucos vamos desenvolvendo uma forma própria de apreciar esteticamente o mundo que nos rodeia.
Desenvolvemos nossa sensibilidade em uma determinada direção, em casa, depois na escola e, mais tarde, com os amigos.
O prazer do belo depende também de nosso estado de espírito. Se estamos alegres, ficamos mais sensíveis às obras de arte que nos transmitem alegria. Se, ao contrário, estamos tristes, nos emocionamos mais com as músicas ou imagens que parecem estar sintonizadas conosco, reproduzindo nosso humor ou nossas emoções.
Algumas pessoas erroneamente pensam que só as imagens graciosas e as músicas alegres são capazes de encantar as pessoas, mas isso não é verdade. Muitas vezes uma imagem ou uma música emocionam justamente porque são fortes e violentas.
A beleza não é um valor universal, o que é belo para você pode não ser para o outro, de outra idade, outra cultura, outro sexo ou outro temperamento. Aquilo que o emociona num determinado dia pode não parecer tão belo alguns dias depois, quando você estiver em outro estado de espírito, ou tiver visto ou ouvido outras coisas.
Peter Brook diz para ficarmos atentos ao prazer que a arte nos dá e tentar perceber o que o causa e de onde vem esse prazer. Tornamo-nos então conscientes da beleza e daquilo com o que nos identificamos cultural e emocionalmente, isto é, tornamo-nos conscientes do nosso gosto.
Mikel Dufrenne afirma que o belo não é um modelo, mas uma qualidade.
Assim como o entendimento do que é um balão depende da cultura de cada um, os objetos artísticos, para serem percebidos como arte e apreciados esteticamente, têm que, de alguma forma, fazer parte do universo cultural de quem os percebe e aprecia.
Só recentemente, os artistas e críticos se tornaram sensíveis a manifestações artísticas mais livres e diversificadas.
A beleza está condicionada a diferentes critérios, conforme o tempo, o lugar, o sexo, a idade e o grupo ao qual pertencemos. A arte e o belo não são, portanto, conceitos universais. Confie na emoção que as coisas, as paisagens, as palavras e os sons despertam em você e desconfie daqueles que se julgam capazes de definir pelos outros, de forma inquestionável, o que é belo e o que é arte.
Clement Greenberg recomenda que aceitemos nosso gosto não como demonstração de verdade, mas como parte de nós mesmos, como aquilo que nos identifica e difere.
O que é artístico desperta no público uma emoção especial, de encantamento e enlevo ou até de medo, que pode ser identificada como prazer estético, pois surge da contemplação e da fruição da obra, de suas qualidades formais e de linguagem.
Para sentir essa emoção é preciso que a obra tenha a ver com sua sensibilidade. Esta, por sua vez, depende da sua idade, cultura, enfim, daquilo que diferencia você dos outros.
É preciso que o público se deixe emocionar e aprenda a distinguir o que aprecia e por quê. Além disso, se compreendermos que cada um tem sua sensibilidade, não ficaremos escandalizados com as preferências do outro e respeitaremos os gostos que são diferentes.