Teoria da Comunicação I (2º semestre)
São sociais quase todos os efeitos exercidos pelas comunicações coletivas sobre grupos numerosos, pois, sendo a sociedade composta de pessoas, é obrigatoriamente afeta por tudo que influência grande número de pessoas.
Existem alguns princípios gerais aplicáveis aos efeitos da comunicação coletiva sobre numerosos assuntos específicos, tais como, os efeitos sobre as preferências estéticas e intelectuais do auditório e os efeitos causados pela apresentação abundante de crime e violência.
Cada pessoa sofre continuamente numerosas influências além das comunicações coletivas, pois pertencem a um grupo de família, freqüentam escolas, igrejas, e vários outros lugares, nos quais mantém inúmeros tipos de relacionamentos, assim, tais influências, condicionam a formação de suas opiniões sobre numerosos assuntos e a constituição de um conjunto de apreços e de tendências de comportamento. Essas predisposições são parte das pessoas e elas as conservam quando integram uma audiência de comunicações coletivas, ou seja, são essas predisposições que realmente determinam as comunicações que as pessoas recebem, o que elas lembram das mensagens, como elas as interpretam e o efeito que as comunicações coletivas lhes causam.
Em seqüência a estes estudos, pesquisas revelam que as pessoas submetem-se às comunicações coletivas seletivamente. Escolhem o material que combina com seus pontos de vista e interesses e evitam, amplamente, o que os contraria, além disso, as pessoas lembram mais do material que apóia suas idéia do que aquele que as ataca. Portanto, a retenção, a submissão e a percepção/interpretação são largamente seletivas.
É pouco provável que as comunicações coletivas possam causar mudança de ponto de vista, pois são muito mais eficientes em apoiá-los e reforçá-los. Mas, dependendo dos fatores que estão interferindo na pessoa, as comunicações coletivas podem agir no sentido de mudança. Isso ocorre quando o membro da audiência está predisposto à mudança, por vários motivos, como insatisfação com a atual posição, tornando-se sensível às comunicações que antes rejeitava.
Outros fatores, além desses processos seletivos, tendem a tornar as comunicações coletivas melhor agente de reforço do que de mudança, como por exemplo, o grupo a que pertence o membro da audiência, a influência pessoal, os aspectos econômicos dos meios de comunicação coletiva nas sociedades de livre empresa. Fazendo com que as comunicações coletivas raramente ajam diretamente sobre a audiência.
Grande parte do material dos meios de comunicação coletiva é de baixo nível estético e intelectual, isso tende a comprometer os gostos estéticos e intelectuais da sociedade.
Para solucionar este problema tentou-se transmitir maior quantidade de material de alto padrão, mas viu-se que o resultado foi pouco, pois a comunicação coletiva serve mais para alimentar e reforçar preferências do que para aprimorá-las ou vulgarizá-las.
Levantou-se também a possibilidade de se provocar deliberadamente a vontade de alargar os horizontes intelectuais e estéticos, fomentando assim uma ampla elevação dos padrões de gosto, mas isto só seria possível se cuidadosamente planejado e executado.
As crianças, por serem naturalmente mutáveis, pareceram bons pacientes para tais tentativas. O problema é predispô-las de modo a avançarem não apenas em direção ao material para adultos, mas, progressivamente, para os melhores padrões desse material. Porém, as crianças selecionam conforme suas próprias preferências, e essas preferências parecem decorrer de fatores alheios aos meios de comunicação, como as predileções dos pais e dos companheiros, a natureza de suas relações com as pessoas, o nível de inteligência da criança e o seu grau de ajuste emocional. Uma vez que essas condições são controláveis pelos pais, pela escola e por programas sociais, parece possível desenvolver predisposições favoráveis as matérias de comunicação de alto nível, predisposições essas que seriam atendidas e reforçadas pelos próprios meios de comunicação coletiva.
A questão do crime e da violência é abundante nos meios de comunicação coletiva e, tal abundância talvez venha a afetar os apreços e comportamento dos membros do auditório, possivelmente a ponto de levá-los efetivamente a cometer violência.
As pesquisas sobre o assunto ainda não chegaram a conclusões definitivas. Mas, numerosos estudos comparam grandes consumidores de material de crime e violência com pessoas que consomem pouco ou nenhum desse material. Viu-se então, que entre os grandes consumidores há maior possibilidade de se encontrar pessoas com problemas em suas relações com os familiares e amigos, com tendência a imputar aos outros a culpa de suas dificuldades, com maior agressividade e com Q.I. um pouco baixo. Ou seja, as diferenças encontradas entre pequenos e grandes consumidores consistem em fatores emocionais e de personalidade que, provavelmente não são produto da submissão às comunicações coletivas.
Como as crianças na questão anterior, aparentemente, interpretam o material de acordo com suas necessidades e apreços e ele serve para reforçar suas atitudes, independente de serem ou não socialmente corretas. Os meios de comunicação coletiva parecem não ser determinante principal de tendências de comportamento, mas sim um agente reforçador dessas tendências. E os meios de comunicação poderiam atuar na mudança dos apreços e tendências de comportamento daqueles que estivessem propensos a isso.
Verifica-se, portanto a semelhança entre o problema das apresentações de crimes e violência e o dos efeitos dos meios de comunicação coletiva sobre os níveis de gosto popular. Chegando-se a conclusão que as comunicações coletivas reforçam atitudes, gostos, predisposições e tendências de comportamento, inclusive a tendência para a mudança. Seu efeito de reforço é poderoso, socialmente importante e atua com total imparcialidade tanto nas predisposições socialmente desejáveis como nas indesejáveis.
Existem alguns princípios gerais aplicáveis aos efeitos da comunicação coletiva sobre numerosos assuntos específicos, tais como, os efeitos sobre as preferências estéticas e intelectuais do auditório e os efeitos causados pela apresentação abundante de crime e violência.
Cada pessoa sofre continuamente numerosas influências além das comunicações coletivas, pois pertencem a um grupo de família, freqüentam escolas, igrejas, e vários outros lugares, nos quais mantém inúmeros tipos de relacionamentos, assim, tais influências, condicionam a formação de suas opiniões sobre numerosos assuntos e a constituição de um conjunto de apreços e de tendências de comportamento. Essas predisposições são parte das pessoas e elas as conservam quando integram uma audiência de comunicações coletivas, ou seja, são essas predisposições que realmente determinam as comunicações que as pessoas recebem, o que elas lembram das mensagens, como elas as interpretam e o efeito que as comunicações coletivas lhes causam.
Em seqüência a estes estudos, pesquisas revelam que as pessoas submetem-se às comunicações coletivas seletivamente. Escolhem o material que combina com seus pontos de vista e interesses e evitam, amplamente, o que os contraria, além disso, as pessoas lembram mais do material que apóia suas idéia do que aquele que as ataca. Portanto, a retenção, a submissão e a percepção/interpretação são largamente seletivas.
É pouco provável que as comunicações coletivas possam causar mudança de ponto de vista, pois são muito mais eficientes em apoiá-los e reforçá-los. Mas, dependendo dos fatores que estão interferindo na pessoa, as comunicações coletivas podem agir no sentido de mudança. Isso ocorre quando o membro da audiência está predisposto à mudança, por vários motivos, como insatisfação com a atual posição, tornando-se sensível às comunicações que antes rejeitava.
Outros fatores, além desses processos seletivos, tendem a tornar as comunicações coletivas melhor agente de reforço do que de mudança, como por exemplo, o grupo a que pertence o membro da audiência, a influência pessoal, os aspectos econômicos dos meios de comunicação coletiva nas sociedades de livre empresa. Fazendo com que as comunicações coletivas raramente ajam diretamente sobre a audiência.
Grande parte do material dos meios de comunicação coletiva é de baixo nível estético e intelectual, isso tende a comprometer os gostos estéticos e intelectuais da sociedade.
Para solucionar este problema tentou-se transmitir maior quantidade de material de alto padrão, mas viu-se que o resultado foi pouco, pois a comunicação coletiva serve mais para alimentar e reforçar preferências do que para aprimorá-las ou vulgarizá-las.
Levantou-se também a possibilidade de se provocar deliberadamente a vontade de alargar os horizontes intelectuais e estéticos, fomentando assim uma ampla elevação dos padrões de gosto, mas isto só seria possível se cuidadosamente planejado e executado.
As crianças, por serem naturalmente mutáveis, pareceram bons pacientes para tais tentativas. O problema é predispô-las de modo a avançarem não apenas em direção ao material para adultos, mas, progressivamente, para os melhores padrões desse material. Porém, as crianças selecionam conforme suas próprias preferências, e essas preferências parecem decorrer de fatores alheios aos meios de comunicação, como as predileções dos pais e dos companheiros, a natureza de suas relações com as pessoas, o nível de inteligência da criança e o seu grau de ajuste emocional. Uma vez que essas condições são controláveis pelos pais, pela escola e por programas sociais, parece possível desenvolver predisposições favoráveis as matérias de comunicação de alto nível, predisposições essas que seriam atendidas e reforçadas pelos próprios meios de comunicação coletiva.
A questão do crime e da violência é abundante nos meios de comunicação coletiva e, tal abundância talvez venha a afetar os apreços e comportamento dos membros do auditório, possivelmente a ponto de levá-los efetivamente a cometer violência.
As pesquisas sobre o assunto ainda não chegaram a conclusões definitivas. Mas, numerosos estudos comparam grandes consumidores de material de crime e violência com pessoas que consomem pouco ou nenhum desse material. Viu-se então, que entre os grandes consumidores há maior possibilidade de se encontrar pessoas com problemas em suas relações com os familiares e amigos, com tendência a imputar aos outros a culpa de suas dificuldades, com maior agressividade e com Q.I. um pouco baixo. Ou seja, as diferenças encontradas entre pequenos e grandes consumidores consistem em fatores emocionais e de personalidade que, provavelmente não são produto da submissão às comunicações coletivas.
Como as crianças na questão anterior, aparentemente, interpretam o material de acordo com suas necessidades e apreços e ele serve para reforçar suas atitudes, independente de serem ou não socialmente corretas. Os meios de comunicação coletiva parecem não ser determinante principal de tendências de comportamento, mas sim um agente reforçador dessas tendências. E os meios de comunicação poderiam atuar na mudança dos apreços e tendências de comportamento daqueles que estivessem propensos a isso.
Verifica-se, portanto a semelhança entre o problema das apresentações de crimes e violência e o dos efeitos dos meios de comunicação coletiva sobre os níveis de gosto popular. Chegando-se a conclusão que as comunicações coletivas reforçam atitudes, gostos, predisposições e tendências de comportamento, inclusive a tendência para a mudança. Seu efeito de reforço é poderoso, socialmente importante e atua com total imparcialidade tanto nas predisposições socialmente desejáveis como nas indesejáveis.